quinta-feira, 13 de novembro de 2008

renovando a mente

Ali havia um espaço enorme para se esconder. Entrou na casa e sentiu um frio descendo pela espinha. Teve ímpetos de abrir a porta por onde entrara para verificar se ainda era perseguido. Teve medo e foi tomando conhecimento dos móveis e objetos que lá estavam. Fez tudo para manter o silêncio. Uma fresta na janela deixava passar um raio de luz que ia até um sofá vermelho. Havia muito pó naquele lugar e Paulo subitamente espirrou. Nosso personagem teve medo e tentou se esconder debaixo da mesa – aliás uma bela mesa de madeira maciça e bem envernizada. Curiosamente não havia nada sobre ela, tampouco qualquer toalha. Tentou auscultar o que se passava fora da casa. Silenciou-se completamente. No ouvido só o ruído de sua respiração. Imaginava agora onde estaria o seu perseguidor. E se abrisse a porta, lentamente? E se, de repente, o seu algoz abrisse a porta com os pés? Ou se seu inimigo começasse a metralhar aquela casa? Não ouvia absolutamente nada. Em sua mente apenas o eco de seus pensamentos e a força de seu medo...(direitos reservados)

Assim trabalha a nossa mente influenciada pelo medo – o lamentável espírito do medo. Quando alguém é assolado por esse espírito – e não há nada demoníaco, nem é nenhuma manifestação mística, ou algo que aparece nos ares e nos atordoa – a imaginação começa a dar voltas, a montar quadros, a prever situações mórbidas, que na realidade são fruto do pavor que aflige uma mente desprotegida e pressionada por sua carne. O desfecho de uma situação dessa sempre traz danos à pessoa que assim se deixa levar. Há uma nítida impressão em sua mente de que todos estão contra ela. E é curioso notar que esses receios abstratos vão convergindo em conjunto para agravar as situações que chegam. A pessoa cria para si cenários onde sempre está lutando e perdendo, sempre querendo e desistindo receoso de não alcançar. Pensa em formular objetivos para a sua vida e, de repente, abandona-os pela incerteza e pelas barreiras que sua fraqueza lhe impõe para que não vá adiante. Nos relacionamentos pessoais, falta-lhe generosidade. Sempre é econômico no elogiar e tem receio de amar alguém que não lhe é igual na maneira de ser. Nas coisas mais simples não reluta em se omitir para não se expor. Quando se expõe, seus pensamentos saem como redemoinhos, ora em uma linha ora em outra. Não admite perder em nada, mas, em razão do seu medo, é um perdedor. O apóstolo Paulo escreve na segunda carta que escreveu a Timóteo, capítulo 1, verso 7 - Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação. Nosso apóstolo maior está dizendo que precisamos mudar nossa forma de pensar, porque o medo não faz parte de nosso espírito. Mais adiante ele diz que devemos levar cativo tudo que chega à nossa mente. É uma atitude espiritual porque submete o produto de nossos desejos enganosos à obediência de Deus. Essa expressão prática de nosso viver diário não é religiosa, porque Deus abomina as formas religiosas. No antigo pacto, Deus falou por profetas - caixas de ressonância do Seu pensamento. O profeta Oséias em seu livro, no capítulo 4, verso 6a, diz: O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei....Deus trata com uma ciência. Ele não usa a sabedoria humana que transtornou o mundo e que confundiu a mente dos homens, ele usa a sabedoria predestinada, para que possamos reinar em vida, sem temor, sabendo que tudo obra para nossa bem, pois há uma coberta de anjos atuando a nosso serviço. Saiba mais: http://www.jesuscristohomem.blogspot.com

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