segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Pra onde correr?...Voy a la bombonera...


Minha tia Albertina acordou cedo, foi fazer o café e usou a seguinte expressão ao olhar para o bloco de apartamentos em frente: porra, será que eu moro na gávea???
Sempre falei que a titia é uma vascaína de muitos quilates e que defende o rumo da caravela por onde ela passa. E pelo jeito essa caravela vai longe. Entretanto, se espantou quando viu as bandeiras da urubuzada espalhadas pelas sacadas dos apartamentos em frente ao nosso.

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Começamos o mês de fevereiro e já não escrevia em texto livre há muito. Tio Manoel pediu-me para esperar já que há muitos assuntos ainda pululantes na mídia e escrever sobre eles seria chover no molhado. Eu gosto de estar sempre em dia com os fatos porque carrego raízes de gente ligada à crônica. Meu pai adorava escrevê-las, minha mãe vivê-las. Era um espetáculo ver as duas posições e extrair disso risos e perplexidades.

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Tio Manoel estava com razão porque até tentei escrever alguma coisa sobre Lula, mas ele já está aí, serelepe, doido pra viajar novamente, obviamente para fora do país, e ficar vendo a cobra fumar neste ano de eleição. Tio Manoel, sempre arguto, disse-me que o problema não era o 18 por 12 de Lula, o problema é que tudo indica que Dilma vai sucedê-lo e teremos mais 4 anos de lulismo e petismo pela frente. Tia Albertina, que terminara de coar o café, perguntou da cozinha: será pela frente ou será por trás? Tio Manoel riu e eu pensei cá com os meus botões: Que lindo se eu pudesse ir embora para a Argentina: lá poderia ser sócio do Boca, aprofundar o meu espanhol, ver muito azul e branco, cores de minha predileção, ouvir muito tango, ir ao cinema sem entrar sem querer num templo evangélico, porque chega de ouvir “companhero” e ver tanto pano vermelho e negro.

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